Um estudo realizado por pesquisadores da UFMG apontou que, em 2015, foram registradas 1.190 mortes por dia dentro das instituições de saúde brasileiras. Entre as causas apontadas pelo levantamento realizado estão erros médicos e negligência, mas principal motivo observado é a falta de planejamento, apontou Renato Couto, da UFMG e um dos responsáveis pelo estudo.
O levantamento ‘Erros acontecem: a força da transparência no enfrentamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados’ engloba unidades de saúde nas esferas pública e privada.
Em 2015, considerando todo o sistema de saúde brasileiro, foram estimadas 1.190 mortes por dia. esse número se refere a casos que poderiam ter sido evitados, na maior parte das vezes. Isso não significa, no entanto, que em todos eles houve erro médico ou negligência. As principais causas são problemas no planejamento e organização de procedimentos e cuidados ao paciente.
Um dos coordenadores da pesquisa, Renato Couto, que é professor da Faculdade de Medicina da UFMG, afirma que a causa mais comum está no erro do uso de medicamentos, que pode incluir a administração de medicamentos no paciente errado. Segundo ele, os números internacionais se aproximam dessa dimensão.
O professor afirma que, de acordo com a última estimativa do tipo nos Estados Unidos, houve 400 mil mortes envolvendo falhas no ano passado, sendo a terceira maior causa de morte, depois de doença cardiovascular e do câncer.
Diretor da Associação Médica Brasileira defende protocolos de atendimento
O médico generalista José Luiz Bonamigo Filho, diretor da Associação Médica Brasileira, afirma que os focos principais das associações de especialidades são fazer protocolos, aprimorar a evidência científica e divulgá-las aos médicos para que sigam as recomendações mais atualizadas. Dessa forma, segundo ele, os erros mais comuns que provocam a morte de pacientes seriam evitados.
Fonte: Rádio CBN