A inovação um requisito essencial para o desenvolvimento de um país. Assumindo a responsabilidade de fomentar esta questão na Saúde, a ABIMED lança a primeira edição do Prêmio ABIMED de Inovação Transformacional.
A iniciativa visa justamente estimular o desenvolvimento de projetos inovadores do setor focando em três categorias: sustentabilidade econômica do sistema da saúde, ampliação do acesso da população à saúde e melhoria do padrão de cuidados médicos.
“Qualquer processo de distinção ou premiação de empresas inovadoras e que investem em tecnologia traz benefícios para as múltiplas partes interessadas. As fontes pagadoras identificam quem realmente está proporcionando avanços na saúde. Os pacientes reconhecem as empresas inovadoras. Os médicos e as organizações de saúde acompanham a vanguarda e identificam oportunidades. Portanto, um prêmio, bem estruturado, é uma iniciativa que só traz ganhos”, afirma Valter Pieracciani, consultor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas.
“A iniciativa provoca as entidades criadoras para uma maior exposição de seus intentos e proposições, além de ampliar o pensamento de que as inovações devam trazer sustentabilidade econômica, ampliação do acesso e melhoria do padrão de cuidados médicos”, ressalta Diretor-executivo de Relações Institucionais da ABIMED.
Como transformar ideias em projetos de inovação
“O Brasil pode se tornar rapidamente um dos países referência quando se fala de inovação em saúde, mas as organizações deverão se estruturar.” As palavras de Valter Pieracciani evidenciam o potencial e também a urgente necessidade de aprimorar os conhecimentos quando o assunto é inovação.
Diante desta necessidade, a ABIMED ofereceu um workshop sobre Capacitação e Certificação de Gestores de Inovação em que foram debatidos temas como estratégia, pessoas, processos e ambiente para a inovação.
As Usinas de Inovações foram um dos exemplos tratados durante o encontro. Trata-se do conceito de que as empresas não podem considerar inovação como algo eventual, mas sim como algo sistemático e repetitivo, ou seja, produzir inovação em série.
Essas usinas possuem quatro características principais: estratégia de inovação claramente definida, processos que assegurem a transformação de ideia em negócios, pessoas capacitadas comportamental e tecnicamente para realizar inovação e um ambiente inovador.
“A empresa precisa saber para onde vai e o que significa ser inovadora para ela. Tendo isto claro torna-se possível desenhar cada etapa dos processos de inovação e colocá-los em prática. O maior desafio não é ter ideias, mas sim ter a ideia certa que funcione e gere valor agregado para todas as partes interessadas. E isto só acontece quando há, de fato, um processo bem estruturado.”, explica Pieracciani.
Neste contexto, destaca-se a importância de mobilizar os colaboradores para a inovação. Entender em qual momento do processo de inovação se estrutura as equipes para inovação é o primeiro passo. “Saber qual o melhor arranjo estrutural para a equipe de P,D&I, constituir e estimular equipes rumo à inovação, desenvolver e reconhecer os estilos de profissionais inovadores e despertar o potencial inovador dos colaboradores são algumas regras”, explica Carlos Goulart.
Transformar ideias em projetos de inovação também é uma importante etapa. Com isso é possível estabelecer formas de incentivo; captura, avaliação e premiação de ideias; medir o retorno e impactos da inovação para o cliente e para o mercado; incentivar de forma estruturada a geração de ideias pela equipe, transformando-as em projetos e priorizar iniciativas.
“Lançar-se ao mundo global é uma atitude indispensável para quem quer e tem inovação a oferecer ao mercado. As ideias são concretizadas com parcerias e colaboração. Contudo, nem sempre os recursos para concretizá-las estarão dentro de nossas fronteiras geográficas”, diz Aurimar Pinto.
* matéria publicada na 37ª edição da revista Healthcare Management