A expectativa é que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anuncie no domingo a verba para custeio
Nascida há 21 anos, a obra do Hospital do Trauma será concluída e entregue no próximo domingo (dia 25) em Campo Grande Já o funcionamento é previsto para maio. Neste período, deve ser formalizado o contrato tripartite entre União, governo e prefeitura para pagar o custeio da nova unidade. Segundo o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Coimbra, serão necessários R$ 10 milhões por mês.
“Com a obra concluída, que o governo federal sinalize um aporte de recursos para essa ampliação dos serviços da ortopedia. Para que o Estado e o município possam pactuar, inclusive também com aporte de recursos. Essa negociação passa pelo gestor pleno, por isso temos conversado muito com o secretário municipal de Saúde”, afirma Coimbra.
A expectativa é que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que vem a Campo Grande para entrega da obra, anuncie a verba para custeio. Cerca de 85% dos equipamentos já foram comprados, sendo um tomógrafo, no valor de R$ 700 mil, com recurso do governo. De acordo com Coimbra, a Santa Casa recebe da SES (Secretaria Estadual de Saúde) repasse de R$ 2,3 milhões por mês.
A nova unidade será destinado a pacientes politraumatizados, principalmente vítimas de acidente. “Quando você vai a hospitais que atendem traumatologia, 65% desses pacientes são em decorrência de acidente de trânsito. Do total, a grande maioria é de motociclista”, afirma o titular da SES.
Estrutura
O hospital terá 100 leitos de internação, 10 UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), cinco salas cirúrgicas, duas salas para pequenos procedimentos cirúrgicos, três salas de observação com 15 leitos, três consultórios, duas salas de odontologia, duas salas de radiologia, uma sala de fisioterapia, uma sala de reabilitação, uma sala de tomografia, sala de emergência, área para recebimento de ambulâncias e estacionamentos que comporta 55 carros e 12 motos.
Investimento
Para reforma e conclusão do hospital, ao lado da Santa Casa, foram investidos R$ 8,7 milhões – R$ 3,2 milhões da prefeitura, R$ 2,8 milhões do Ministério da Saúde, R$ 1,6 milhão do governo do Estado e R$ 890 mil da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que administra a Santa Casa.
Tecnicamente, o nome é Unidade do Trauma porque compartilha setores como cozinha, lavanderia e administração.No caso da alimentação, a Santa Casa já tem produção diária de 4.500 refeições.
Inicialmente, a construção na rua 13 de Maio seria uma maternidade. Após idas e vindas do contrato, no mês de junho de 2016 foi assinada a ordem de serviço para que a obra do hospital, paralisada desde 2012, fosse retomada.