A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que sente “orgulho” do sistema público de saúde gratuito no Reino Unido, o National Health Service (NHS na sigla em inglês), revelou nesta segunda-feira (5) um porta-voz do governo britânico em resposta às recentes mensagens de Twitter do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação é da EFE.
O presidente americano se envolveu em uma nova polêmica com o Reino Unido ao criticar no Twitter o sistema público de saúde do país e enfatizar que “milhares de cidadãos britânicos protestam” preocupados com o estado do NHS. A mensagem, na realidade, estava dirigida ao Partido Democrata americano, que faz campanha nos EUA por um sistema de saúde universal similar ao existente no Reino Unido.
O ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, reagiu aos comentários de Trump com uma mensagem na mesma rede social: “O NHS pode enfrentar desafios, mas tenho orgulho de ser de um país que inventou a cobertura (médica) universal, onde todos recebem cuidados de saúde, independentemente do tamanho de sua conta bancária”.
Um porta-voz do Executivo de May indicou que, “certamente”, Hunt “fala em nome do governo sobre o assunto”.
“A primeira-ministra sente orgulho de ter um NHS que é gratuito”, afirmou a fonte, que também lembrou que o financiamento do serviço se encontra atualmente em um “recorde máximo” e que “recebeu prioridade no orçamento geral, com uma verba extraordinária de 2,8 bilhões de libras (3,161 bilhões de euros)”.
O porta-voz indicou que, na pesquisa mais recente do Fundo Internacional do Commonwealth, o NHS foi escolhido “o melhor do mundo, pela segunda vez”.
O líder opositor do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, também criticou os comentários de Trump e considerou que o presidente americano está “errado”. Corbyn esclareceu que a manifestação do último fim de semana para exigir mais financiamento do governo britânico ao sistema público de saúde não estava voltada contra o modelo gratuito, mas contra o que “os ‘tories’ (conservadores) estão fazendo com o NHS”.
Fonte: Agência EFE