A Tereos Internacional – Grupo Guarani encerrou a safra 2016/17 em todas as suas sete unidades industriais no início de dezembro. Para marcar o final do ciclo, promoveu, no dia 8 de dezembro, a tradicional reunião de final de safra, quando recebeu seus fornecedores para apresentação do balanço, investimentos e perspectivas.
Durante o encontro, estiveram presentes autoridades, como o Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim; o presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf; o Deputado Federal Arlindo Chinaglia; Deputado Estadual Itamar Borges; o prefeito de Bebedouro, Fernando Galvão; e o Deputado Federal e prefeito eleito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo.
Mesmo com as dificuldades climáticas que atingiram a região Centro-Sul do país, o Grupo Guarani atingiu bons resultados durante esta safra, moendo 19,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 8,5 milhões de toneladas de cana própria e 11,3 milhões de fornecedores. A produção de açúcar totalizou 1,6 milhão de toneladas, a produção acumulada de etanol ficou em 640 milhões de litros e a energia cogerada deverá atingir 1.030 GWh.
Para conquistar esses números, de acordo com Jaime Stupiello, diretor Agrícola da Guarani Tereos, a companhia apostou em três diferenciais: eficiência na nutrição, cuidado com o censo varietal e o controle de tráfego na lavoura. “Em energia, nossa prioridade hoje é ter fábricas eficientes para sobrar bagaço e não depender do bagaço externo. Então, temos várias ações para mitigar uma possível falta do material. Na área agrícola, pretendemos plantar mais. Vamos reformar em torno de 20% dos nossos canaviais em 2017”, acrescenta.
Pierre Santoul, presidente da Guarani, destaca: “Enceramos a safra 2016/2017 com resultados positivos, com um volume de cana processada superior ao do ano passado. Investimos forte em uma entressafra consistente, assim como na renovação dos canaviais e implantação de novas tecnologias para garantir o aumento de produtividade e estamos colhendo os resultados”.
Depois de três anos com dificuldades, o setor apresenta agora dois anos consecutivos de equilíbrio e rentabilidade. Arnaldo Jardim acredita que no próximo ano haverá a sustentação dos preços do açúcar, mantendo a boa rentabilidade do setor. “Quanto ao etanol, depende muito da definição da política que o Governo Federal adotará sobre a participação do biocombustível na matriz de combustíveis do país”, afirma Jardim, que está confiante nas políticas que serão traçadas voltadas ao setor em 2017.
Estima-se que o estado de São Paulo, maior produtor de cana-de-açúcar do país, apresente, até o final desta safra, uma produtividade média de 85 toneladas por hectare. Mas o potencial é maior. Para o secretário, o estado pode, ainda, ultrapassar a barreira dos três dígitos. “Podemos, rapidamente, atingir o número de 100 toneladas por hectare. Isso significaria um acréscimo, com a mesma área de produção, de pelo menos 20%.” Ainda o secretário ressaltou a importância da colheita de cana-de-açúcar mecanizada no estado. “A safra que vamos fechar neste ano deve apresentar um percentual de 96% de colheita de cana mecanizada em São Paulo”.
BIOELETRICIDADE
Sobre a bioeletricidade, Jacyr Costa, diretor Região Brasil do grupo Tereos, acredita que o crescimento do segmento irá depender, proporcionalmente, da recuperação econômica do país. “Para 2017, nós esperamos um pequeno crescimento econômico. No caso específico da Guarani, estamos com investimentos realizados e contratos de longo prazo com preço fixo. Voltaremos a ver os preços de eletricidade em alta novamente no Brasil”, comemora.
Entretanto, para poder se desenvolver economicamente, o país precisa estimular o setor da bioeletricidade. Para Jardim, atualmente, o país vive um processo de sobrecontratação de energia. “Hoje, temos energia sobrando para aquilo que é o nosso consumo. Quando o Brasil voltar a crescer, todos os grandes projetos de fornecimento de energia, particularmente os hidroelétricos, estarão com o cronograma altamente atrasado. O único setor que poderá responder de uma forma equilibrada será o setor do bagaço da cana”, analisa.
A respeito do ponto de vista político-econômico, Skaf acredita que, para o próximo ano, o país precisa dar início a um ciclo de reduções de juros. “Hoje, com a inflação sinalizando 5% para 2017, os juros estão em torno de 14%, o que significa 9% de juros na taxa básica Selic. Precisamos, urgentemente, abaixar os juros e fazer o crédito reaparecer para, então, voltarmos a ver a economia girar”.
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