O Hospital Municipal de Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, deveria ter sido entregue em fevereiro. Já o de Parelheiros teve a remessa de recursos do PAC escasseados por Temer
A entrega do empreendimento deveria ser no dia 11 de fevereiro, mas a obra está parada. Onde deveria ser o Hospital Municipal de Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, há apenas um portão fechado com cadeado para identificar que não há operários nem ruído de máquinas ali, apenas um “esqueleto” de concreto abandonado.
Por conta de alguns atrasos da gestão anterior, de Fernando Haddad (PT), a obra ficou para ser concluída por João Doria (PSDB), mas não tiveram nenhum avanço.
No último balanço de desembolsos, no fim de janeiro, nenhum centavo do caixa do município havia sido despendido para dar andamento às unidades de saúde de Brasilândia e de Parelheiros – esta no extremo sul da cidade.
Segundo a gestão Doria, restrições orçamentárias obrigaram a prefeitura a rever pagamentos para honrar despesas herdadas da administração passada. Juntos, os dois hospitais deveriam beneficiar em torno de 2,2 milhões de moradores dessas áreas, ao custo de R$ 354 milhões.
Em pesquisa Datafolha feita após os primeiros 30 dias da gestão tucana, a saúde foi a área apontada como de maior problema pela população de São Paulo. Ela foi citada por 29% -em seguida aparece segurança, com 19%, e transporte coletivo, com 10%.
Na zona norte, a construção inacabada do hospital -orçada em R$ 209 milhões- na estrada do Sabão tem ares de cidade fantasma. Na tarde do último dia 21, nem vigias da obra havia no local.