O custo da gripe para os planos de saúde foi de aproximadamente R$ 4,5 bilhões no ano passado. Esse valor considera os atendimentos de pacientes afetados pela doença em pronto-socorros, incluindo consultas, exames e internação em hospital. O levantamento foi feito pela consultoria espanhola especializada em saúde Advance Medical.
“Cerca de 70% dos pacientes acometidos por gripe não necessitam ir ao hospital, podem superar perfeitamente o problema com atendimento médico adequado”, disse o médico Caio Soares, presidente da Advance Medical. Segundo Soares, os atendimentos dos casos de gripe em emergência elevam em cerca de 30% o custo que uma operadora de plano de saúde tem com pronto-socorro.
Em 2016, as despesas médicas das pessoas com convênio atingiram R$ 100 bilhões, ou seja, a gripe representa 4,5% deste total. “A epidemia da gripe em uma população que não recebe orientação adequada de tratamento pode incrementar a taxa de sinistralidade do plano em 5%, disse o executivo da Advance Medical, que foi diretor-médico da operadora Omint.
Do custo médico total de uma operadora, cerca de 15% é proveniente de pronto-socorro, entre 45% e 50% vem de internações, 20% a 25% são exames laboratoriais e 15% referem-se a honorários médicos e impostos. Neste ano, Soares acredita que o setor continuará tendo o mesmo patamar de despesas com a gripe, uma vez que ainda não existe uma cultura de evitar o pronto-socorro para casos da doença. Ele estima que entre os meses de maio e setembro, 30% dos atendimentos nas emergências são de pacientes com gripe.