Os acabamentos escolhidos precisam ser duráveis, sustentáveis e atemporais. Saiba mais!
Assim que a estrutura de uma obra é finalizada, chega a hora de “vestir” o projeto e, para isso, escolher os melhores acabamentos para o imóvel, entre os quais aparecem revestimentos, pinturas, metais, se torna o grande desafio.
Decidir esses itens é de extrema importância – afinal, eles revelarão a beleza das formas da obra, assim como estarão diretamente ligados à funcionalidade dos espaços. Um exemplo: de nada adianta escolher um piso “lindo de morrer” para a área da piscina, se ele for escorregadio, já que, por ali, as pessoas transitam molhadas.
Pode parecer óbvio, mas as pessoas erram (e muito!) ao colocar os acabamentos, porque não realizam pesquisas ou, muito menos, têm o hábito de contratar decoradores ou designers de interiores, que são os especialistas no assunto.
Segundo o designer de interiores Matheus Vilela, o acabamento corresponde a 60% (em média) do valor de uma obra. “Os projetos são divididos em duas partes: estrutural e acabamento. Sendo assim, este último, realmente, vem para vestir a casa, porque esconde tijolos, rebocos, tubulações. Ou seja, é a parte estética”, explica o profissional.
Mesmo sabendo que o acabamento será a parte que exigirá mais do bolso do cliente, de acordo com Matheus, é inviável definir exatamente a quantia que será gasta nessa etapa.
“Depende muito do que a pessoa escolherá como acabamento. Existem, por exemplo, porcelanatos que custam de R$ 40 a R$ 80 o metro quadrado, do mesmo que jeito que há mármores que saem de R$ 3 mil a R$ 4 mil o metro quadrado. Sempre brinco que o céu é o limite, visto que será o cliente quem ditará o quanto pode e deseja gastar”.
Existe um acabamento ideal?
A parte do acabamento de uma obra é tão importante quanto o processo de construção. Sendo assim, os materiais precisam ser resistentes às intempéries que podem surgir no uso cotidiano. Só desse jeito para que você não tenha que desembolsar uma grana alta mais cedo que o esperado, consertando isso ou trocando aquilo.
Por outro lado, cada um pode escolher um tipo de “finalização”. Não há como colocar regras para a hora da decisão. Porém, para o designer de interiores, há como observar determinados aspectos antes de fazer a escolha, como se as peças são duráveis, sustentáveis e atemporais.
“Dessa forma, além de não prejudicar o meio ambiente, o acabamento da sua casa não ‘cairá de moda’ e não dará dor de cabeça, no sentido de reforma, tão rapidamente”, alerta Matheus.
Evite excessos
Quando gostamos muito de uma cor ou textura, é natural querer utilizá-la em vários pontos da casa. Pode-se sim dar um ar diferente para vários ambientes com os acabamentos, porém, é preciso definir uma linha, um estilo a ser seguido (clássico, contemporâneo, rústico…) para que o resultado não vire um balaio de gato.
Se está com medo de errar e não tem condições de contratar um designer de interiores, como Matheus, uma das dicas do profissional é pesquisar muito antes de escolher um ou vários acabamentos.
“As referências do Pinterest são maravilhosas! Isso porque são feitas por profissionais da área de arquitetura, assim como pelas empresas que trabalham no segmento. Também é possível buscar boas inspirações nas áreas de moda e arte, que se interligam à arquitetura”.
Outra fonte, ainda online, são os sites das marcas dos itens a serem adquiridos, como tintas, revestimentos e metais. “Esses sites, além de revelarem os descritivos de maneiras mais aprofundadas, dão dicas de instalação e uso, o que faz toda a diferença na hora da escolha”.