A Amcham de Ribeirão Preto realizou na última semana, no Stream Palace Hotel, a primeira edição do Comitê de Conjuntura do ano, que discutiu as perspectivas macroeconômicas, financeiras e políticas do Brasil. O professor Alberto Matias e Paulo de Tarso Jr., sócio líder da Deloitte, apresentaram um panorama político e econômico para orientar o público presente no processo de decisão de seus negócios durante o ano e quais são as expectativas para o empresariado.
O professor Alberto Borges Matias, destacou que 2020 será um ano muito interessante, pois a recuperação será mais forte do que os três últimos anos. Um dos fatores deve-se ao fato da taxa de crescimento do PIB ser o dobro do ano passado. No entanto, o professor ressalta que apesar da recuperação ser positiva, ela também traz preocupações para os empresários. “Com o crescimento da economia há um crescimento no capital de giro das empresas. Isso significa uma maior necessidade de gestão de estoques, de contas a receber, do relacionamento com o fornecedor e toda estrutura de suprimentos. Na outra ponta, outras empresas podem estourar a capacidade de produção. Isso significa que os empresários precisam se acostumar a fazer planejamento de mais longo prazo, algo essencial para o sucesso dos negócios”, explica o especialista.
Já o sócio líder da Deloitte, Paulo de Tarso Jr , conduziu o comitê se debruçando na “Agenda 2020”, quarta edição da pesquisa anual da Deloitte, que trouxe as perspectivas de 1.377 empresas que, juntas, faturam o equivalente à metade da riqueza gerada no País, totalizando R$ 3,5 trilhões em receita no último ano. Do total de participantes 62% estão em cargos de conselho, presidência e diretoria.
O levantamento apontou que de forma geral, o otimismo prevalece entre o empresariado brasileiro. De acordo com Tarso Jr., “é hora de aproveitar o momento econômico um pouco mais positivo para investir em digitalização e tecnologia dos seus negócios como um todo. Além disso, é ideal avaliar novas formas de investimento, pois as taxas de juros estão bastante baixas. Não dá mais para ignorar que estamos na era que a tecnologia é extremamente importante”, finalizou.