Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles , publicaram em janeiro, na revista Nature Communications, o resultado do desenvolvimento de um novo processo de sequenciamento de DNA por meio de um simples smart phone.
De acordo com a Nature, os pesquisadores construíram um microscópio miniaturizado que utiliza a câmera de um celular para detectar reações químicas em tecidos e células por meio de materiais fluorescentes. Basta conectar o aparelho a um smartphone e analisar uma amostra sobre um prato de vidro.
Em tese, a ferramenta pode ajudar médicos a realizar diagnósticos de uma série de doenças, incluindo câncer, com um simples conjunto de equipamentos de fácil acesso. A esperança dos pesquisadores é de que esse projeto possa ser aproveitado em hospitais em países subdesenvolvidos ou locais onde o acesso a cuidados médicos é precário.
É verdade que hoje em dia o processo de sequenciamento de DNA é bem mais simples do que era cerca de 20 anos atrás, mas ainda requer equipamentos de alto custo para realizar o diagnóstico de algumas doenças mais complexas. Como aponta o site Gizmodo, a ferramenta desenvolvida pelos cientistas funciona quase como um Tricoder, da série “Star Trek”.
O protótipo desenvolvido pelos pesquisadores da UCLA inclui peças montadas por uma impressora 3D e um Lumia 1020, celular lançado em 2013 pela Microsoft por meio da marca Nokia e que se destaca pela potente câmera de 41 MP. Os cientistas destacam, porém, que muitos ajustes ainda precisam ser feitos e que o protótipo ainda não está pronto para ser usado em larga escala ou por hospitais.