A prática da automedicação, muitas vezes é vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, mas não é correta e pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Em situações como a da pandemia do novo Coronavírus, os cuidados ao ingerir medicamentos devem ser redobrados.
O uso de remédios de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, pois a utilização errada pode esconder determinados sintomas. A automedicação pode causar ainda uma combinação inadequada com outro medicamento de uso recomendado, o que pode fazer com que um remédio anule ou potencialize o efeito do outro.
A utilização de medicamentos sem prescrição pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte. Com a pandemia do Covid-19 em todo o mundo, é importante evidenciar ainda mais os riscos que podem ser causados pela automedicação. “O uso abusivo de medicamentos sem prescrição pode facilitar o aumento da resistência do organismo do paciente e comprometer a eficácia dos tratamentos. Cabe ao médico diagnosticar doenças, identificar sintomas e indicar qual o melhor medicamento e a dosagem correta para tratamento. A receita médica é a garantia de que houve uma avaliação profissional para recomendar a utilização do medicamento ao paciente”, ressalta Abner Moreira de Araujo Junior, superintendente do Hospital Municipal Carlos Chagas, administrado pela Fundação São Francisco Xavier.
O novo Coronavírus pode ser confundido com uma gripe, as pessoas podem se sentir confortáveis para ingerir medicamentos considerados inofensivos. Alguns medicamentos não necessitam de prescrição médica para a venda, mas os riscos com a ingestão incorreta desses remédios também devem ser avaliados. A automedicação não é recomendada em nenhum caso, nem para aqueles quadros que as pessoas podem considerar mais simples. O uso de qualquer medicação deve ser levado a sério e ser feito apenas em situações extremamente necessárias, principalmente no caso de pacientes idosos.
Atendimento
É importante seguir todas as orientações profissionais quanto à identificação dos sintomas do Covid-19 e procurar atendimento médico apenas em situações mais graves. ”Um mínimo sintoma respiratório não é indicativo de que um paciente deve procurar um pronto-socorro (serviço de urgência). A orientação é que a pessoa fique em casa de repouso e procure de preferência os atendimentos eletrônicos (telefones) disponibilizados pelos municípios e serviços de saúde, para o devido direcionamento do seu caso. A informação correta é o melhor caminho para que todos mantenham a calma nesse momento e respeitem as orientações médicas”, conclui Araujo.