Por: David Oliveira, Gerente corporativo de TI do SEPACO
Não há dúvidas de que qualquer gestor de TI teve que rever seu planejamento para 2015, principalmente pelo atual momento de incertezas nas organizações de saúde.
Uma grande mudança no cenário atual é que o orçamento de TI passa por uma fusão, no qual os investimentos são compartilhados com diversos setores, já que agora a TI está no negócio. Este orçamento compartilhado é mais difícil de administrar, porém, chegamos a teorias já consagradas de gestão que pode descrever o momento em que vivemos em TI na saúde.
Para quem conhece o tão consagrado Físico Matemático Eli Goldratt, deve ter lido um de seus livros de gestão chamado “Corrente Crítica”. Neste livro, fala-se exatamente sobre gerenciamento de incertezas e conflitos de recursos com “pulmões” menores. É comum nos depararmos com vários projetos nas entidades de saúde com recursos compartilhados, isso causa atrasos e muitas incertezas de um final feliz.
O que o Goldratt compartilha são 3 regras para se adequar ao cenário de incertezas com muitos projetos em andamento ou a se iniciar. São elas:
- Limitar quantidade de projetos em execução, mesmo que isto signifique manter alguns recursos ociosos. A concentração de recursos em menos projetos, em um mesmo período de tempo, não apenas permite que sejam executados mais rapidamente, como também revela a capacidade excedente para poder absorver mais projetos.
- Na execução, permitir que tarefas individuais se atrasem em relação ao planejamento. Desta forma, as pessoas não terão que esconder seguranças dentro de suas estimativas de duração e as tarefas serão executadas mais rapidamente porque o trabalho não terá que ser expandido apenas para preencher o tempo disponível (Lei de Parkinson).
- Disponibilizar informação das prioridades das tarefas em todos os departamentos e níveis de gestão. Quando as pessoas conhecem o que fazer e quando fazer, e trabalham nas mesmas prioridades, os projetos são executados muito mais rapidamente.
Neste sentido, a ordem máxima em 2015 é esperar, reorganizar os recursos (financeiros, pessoas, etc) e limitar os projetos para aquilo que realmente irá te trazer um retorno significativo. Restabelecido o “pulmão” às suas condições normais em 2015, é hora de ver as novas tecnologias para garantir, cada vez mais, a sustentabilidade do negócio. Em um mundo em que fazer mais com menos é um diferencial competitivo, aplique o que já funciona.
Nem tudo está perdido. É um momento de olhar a inovação. Aproveite 2015 para buscar e fomentar a inovação dentro da empresa. Foram muitos projetos aplicados até o presente e, certamente, alguns desses projetos pode ser o ponto de partida para projetos inovadores.
Compartilhe os resultados e metas, deixe a co-criação fazer parte do todo, nunca esquecendo que a cadeia funciona como uma corrente e “A empresa é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Goldratt.