A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançou na semana passada a campanha contra o aumento de impostos “Não Vou Pagar o Pato”. Estiveram presentes mais de 100 representantes da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura. Marun David Cury, diretor adjunto de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), participou representando a classe médica.
“Acreditamos que este é um movimento legítimo e necessário. Entendemos que o momento não é de se aumentar impostos, mas sim de reduzir gastos. Temos uma máquina administrativa extremamente inchada – com 39 ministérios, excesso de gastos e eficiência muito questionável. O momento que o País vive é reflexo disso e nós não podemos aceitar mais impostos”, considera Marun.
Segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, a ação mostra que o imposto já está nos preços das geladeiras, dos smartphones, dos materiais escolares. “Em uma geladeira de R$ 1.000, por exemplo, são colocados R$ 400 em impostos. Nos itens escolares, a média de impostos é de 40% do valor”, afirma.
“Não estamos aqui debatendo imposto da indústria, do comércio, de serviços ou de tecnologia, nós estamos, como brasileiros, de forma horizontal debatendo o imposto que está sobre as costas do povo brasileiro, da sociedade brasileira, das empresas, das famílias, que prejudicam tanto a competitividade e o desenvolvimento do Brasil. Não é uma campanha da Fiesp, é uma campanha de todas as entidades que estão aqui”, pondera Skaf.
Para o diretor da APM, é importante a divulgação dessa questão para que os colegas médicos possam repassar o problema onde trabalham. “A intenção é que cada vez mais médicos se atentem com o que sofremos com os impostos, para poderem, assim, conscientizar os seus pacientes. Uma contribuição, uma vez consolidada, é muito difícil de ser extinta, então não podemos ser prisioneiros de má administrações. Essa é campanha é pelo bem do País”, finaliza.