Na última segunda-feira (2), a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) e a Interfarma, entidade que representa o setor farmacêutico, apresentaram ao mercado o estudo sobre os custos da saúde no Brasil. O levantamento mostra que existe uma diferença entre a inflação médica e os custos da saúde, que crescem rapidamente no País.
Em posicionamento à divulgação do estudo, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), por meio de seu diretor, Pedro Ramos, afirmou que além de ser a principal fonte pagadora do segmento, e alvo constate de reclamações relacionadas à remuneração no setor, cerca de 30% das receitas em saúde nos setores púbico e privado são perdidas, seja por ineficiência na gestão, desperdícios e até corrupção. “Quem faz a gestão desses custos nas instituições de saúde?”, questiona o executivo da Abramge.
Ainda de acordo com Ramos, o setor farmacêutico, por meio de sua entidade representativa (Interfarma) vem explorando a saúde há anos, fomentando a judicialização e acelerando o processo de aprovação de novas drogas junto aos órgãos reguladores. “Essas duas entidades (Anahp e Interfarma) não possuem legitimidade para discutir saúde no Brasil. Muito pelo contrário, antes de entrar no assunto elas precisam fazer a lição de casa e resolver questões éticas e morais que as impedem de atuar com transparência no setor.”
Em nota, a Interfarma afirma que “nenhum problema encontra solução se o diálogo em torno dele não for construtivo e respeitoso. Esse é o espirito com que discutimos o tema dos custos da saúde e qualquer outro”.
Confira o vídeo divulgado pela Abramge repercutindo o assunto.
A redação do Grupo Midia entrou em contato com a Anahp e não obteve resposta até o fechamento desta matéria, mas mantém seus canais de comunicação abertos para dar voz a todos os membros do segmento de saúde.