No Brasil, cerca de 70% das consultas médicas geram algum tipo de prescrição. Segundo informações divulgadas Pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 75% das prescrições médicas emitidas no Brasil estão sujeitas a algum tipo de erro. O efeito colateral desses erros, pode ir muito além dos efeitos no paciente e impactar todo o sistema de saúde aumentando gastos desnecessários, ocupando leitos, judicialização e até mesmo a credibilidade das instituições.
Além disso, um resultado ainda mais grave pode ocorrer, que é a morte do paciente. Um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em 2015, apontou que cerca de 434 mil mortes no sistema de saúde brasileiro (público e privado) ocorreram por erros médicos, uma média de 1,19 mil mortes evitáveis por dia.
Apesar dos números alarmantes, o setor vem trabalhando cada vez mais para evitar eventos adversos como erros de interação medicamentosa e a tecnologia surge como grande aliada nesse processo de segurança do paciente.
Soluções como a desenvolvida pela Sollis, empresa brasileira incubada no Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da USP), podem auxiliar o setor de saúde e melhorar a segurança do paciente.
A plataforma desenvolvida, e homologada pela AMB, é um sistema de prescrição baseado em Inteligência Artificial (AI), e Machine Learnig, capaz de interagir com o profissional clínico caso detecte possíveis erros de interação medicamentosa, por exemplo.
A tecnologia desenvolvida também conta com recursos mais simples, e que não depende de AI, que é a emissão do receituário médico impresso e legível, validado por meio de certificado digital. Um estudo realizado pela National Academies of Science’s Institute of Medicine (IOM), nos EUA, em 2016, revelou que, a má caligrafia dos médicos, ocasiona aproximadamente 7 mil mortes por ano no país, no Brasil, não há índices ou estudos apontando o impacto dessas prescrições ilegíveis.
O especialista em Gestão de Saúde Pública, e CEO da Sollis, Carlos Eli Ribeiro, explica que a ferramenta desenvolvida também pode se integrar ao prontuário eletrônico e gerar a receita ao paciente, que pode optar por receber um link via SMS e ter acesso ao documento e até direcioná-lo à farmácia onde comprará o medicamento. “Essa plataforma é fruto de uma série de pesquisas, parcerias com empresas como IBM e um time qualificado de desenvolvedores e especialistas em cibersegurança. Todos alinhados e trabalhando para garantir a segurança do paciente. “