A esclerose múltipla é uma enfermidade neurológica autoimune e pode afetar parte do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula). É a doença neurológica crônica mais comum em adultos jovens e acomete mais mulheres do que homens.
“Dependendo da área afetada, o paciente pode ter alteração da visão, amortecimento ou perda de força em uma parte do corpo, entre outros sintomas. Estes sinais duram mais de 24 horas e nós os denominamos como surto, que são a característica da doença”, destaca a neurologista Mônica Parolin, secretária do Departamento Científico de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
A médica afirma que o diagnóstico é de extrema importância para dar início ao tratamento o mais rápido possível. Atualmente existem vários tipos de tratamento, no entanto, a indicação de qual deles melhor se adequa a determinado paciente depende das especificidades de cada paciente, pois são muitas variáveis e a decisão deve ser tomada entre o neurologista e o enfermo.
“É preciso lembrar que a maioria dos pacientes possui uma vida normal ou bem próxima disso. É imprescindível conscientização da população e da classe médica para a doença que ainda não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, principalmente no início”, ressalta a neurologista.
“Hoje as pesquisas são inúmeras e eu falo sempre aos meus pacientes que é expressamente proibido não ter esperança”, conclui, Mônica Parolin.