O uso de novas tecnologias na área de saúde não está restrito, apenas, aos equipamentos de última geração que são utilizados em hospitais, centros de diagnóstico, clínicas ou unidades básicas de saúde. O desenvolvimento da área de Tecnologia da Informação tornou o cidadão protagonista na chamada medicina preventiva, onde o foco é a antecipação da doença, ou mesmo, o diagnóstico mais precoce da enfermidade, promovendo a agilidade no tratamento. Dessa forma, o modelo atual de saúde, que deve ser defendido pelos novos gestores públicos, é o da promoção da saúde, ao invés do modelo atual usado no país que é o de suporte à saúde. Ou seja, temos de pensar numa saúde mais preventiva do que apenas curativa. E, nesse caso, o uso de novas ferramentas tecnológicas empodera o cidadão no trabalho de colocar em prática esse modelo de ver o setor de saúde pública ou privada no Brasil.
O indivíduo passa a ser engajado nessa transformação e passa a se preocupar mais com a prevenção do que simplesmente com o tratamento da doença. É uma mudança de paradigma. Passasse a um cenário mais preocupado com o bem-estar e com o cuidado de vida do ser humano, de maneira mais harmônica e mais equilibrada. A disseminação de tecnologias voltadas à conectividade de todas as informações da vida da pessoa, como hábitos alimentares, físicos, procedimentos cirúrgicos realizados, predisposições a doenças, se tornam essenciais para um acompanhamento mais minucioso, mais preventivo da saúde da população. Esses tipos de informação ajudam os médicos a olhar o paciente como um todo e ajudam na prevenção de possíveis doenças crônicas como diabetes e hipertensão. O cidadão passa a disponibilizar dados da sua vida que vão ajudar o médico a prevenir ou identificar a doença e escolher o tratamento mais adequado para o seu caso.
Também pode colaborar com a diminuição do número de consultas e internações, de custos na saúde e, principalmente, com o aumento da qualidade e da expectativa de vida. O volume e a velocidade de dados gerados diariamente na saúde tornam cada vez maior a necessidade de uso de tecnologias capazes de capturar, cruzar e interpretar informações em tempo real. As novas tecnologias disponíveis no mercado trazem, então, um novo cenário em bem-estar para pacientes, médicos e hospitais. Por meio de soluções web e aplicativos mobile, onde informações como prontuários, prescrições médicas, exames e histórico familiar podem ser armazenadas, é possível realizar buscas por médicos de acordo com especialidades, agendar consultas e enviar avisos por e-mail e SMS.
Por meio da tecnologia, hospitais, clínicas e laboratórios conseguem manter contato com seus pacientes de forma mais fácil, rápida e, principalmente, econômica. Em pleno século XXI é inadmissível que o setor de saúde nos municípios brasileiros ainda esteja, na maioria dos casos, na época da caneta e do papel. Os novos gestores, que assumem em janeiro de 2017, devem estar atentos para o que há de mais moderno na utilização de novas tecnologias para o setor de saúde. Isso vai representar uma melhora considerável no uso do tempo dos profissionais, na qualidade do atendimento e na diminuição dos valores gastos no tratamento por paciente.