Um grupo de cientistas divulgou, na última na publicação científica Nature um estudo detalhando a criação de “nanomáquinas” capazes de destruir células específicas. As “nanocriações” poderão ser utilizadas no futuro para matar células cancerígenas ou levar medicamentos para células específicas do corpo, por exemplo.
As “nanomáquinas” foram o tema que rendeu aos seus três criadores o Premio Nobel de Química em 2016. Elas são estruturas de escala atômica ou molecular e podem ser ativadas para produzir determinados efeitos físicos.
Para desenvolver a tecnologia, foram desenvolvidas e utilizadas “nanofuradeiras” – o material é tão pequeno que seriam necessárias cerca de 50 mil delas para chegar à espessura de um fio de cabelo. Essas “nanofuradeiras” são absorvidas pelas células-alvo e atuam dentrodelas. O equipamento pode ser ativado com raios de luz ultravioleta e, quando isso ocorre, elas furam as membranas de vesículas que existem dentro das células. Ao serem perfuradas, essas membranas liberam substâncias que “matam” a célula-alvo.
assassina de células
De acordo com a publicação americana, The Verge, cada uma das nanomáquinas é desenvolvida para ser sensível a um tipo específico de proteína e, dessa forma serem capazes de encontrar a célula que devem atacar. Ainda sengundo a publicação, cada broca é capaz de girar até 3 milhões de vezes por segundo.
Testes realizados in vitro apresentaram resultados positivos. Os pesquisadores colocaram as nanomáquinas ao lado de células renais humanas que foram destruídas em minutos. O mesmo ocorreu quando elas foram colocadas ao lado de células cancerígenas de próstata.
Os testes ainda são preliminares – apenas microorganismos e peixes foram testados com as nanofuradeiras. No entanto, em um futuro ainda não determinado, essas pequenas máquinas poderão ser utilizadas para combater células cancerígenas. Também seria possível criar uma versão “não-letal” onde poderiam administrar medicamentos a células específicas.
Fonte: The Verge / Nature / Olhar Digital