Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveu um sensor eletroquímico que poderá ajudar a diagnosticar o mal de Alzheimer ainda em estágio inicial. Com a identificação precoce, será possível iniciar terapias que retardem o agravamento da doença. A previsão é de que o novo teste chegue ao mercado daqui pelo menos 5.
O exame com o novo equipamento é realizado da mesma forma que um hemograma. No laboratório, os pesquisadores isolaram uma proteína chamada Adam10 cuja diferença nos padrões indicados pode identificar a presença da doença.
Graças a um sensor eletroquímico que identifica a quantidade de proteínas no sangue, o diagnóstico pode ser alcançado e até 30 minutos. Após essa contagem, um programa de computador analisa os dados e mostra se o paciente tem a doença. “Quanto maior a alteração na proteína, maior o avanço da doença. Essa foi a relação direta que encontramos nesses resultados”, disse a professora de gerontologia da UFSCar, Márcia Cominetti.
Baixo custo
A próxima etapa da pesquisa será ampliar os testes em humanos, e aprimorar a tecnologia. Uma das grandes vantagens do novo equipamento será o custo do exame. “Ele tem um custo de produção que gira em torno de R$ 3 por exame. Ao compararmos isso com uma tomografia computadorizada, que é um dos métodos usados para diagnóstico, por exemplo, o valor é de R$ 400 a R$ 800. Então é um custo bem mais baixo”, afirmou o professor de química da UFSCar Ronaldo Censi Faria, também envolvido na pesquisa.