A Royal Philips divulgou, em julho desse ano, a primeira edição do Future Health Index (FHI), levantamento global direcionado para entender como os países estão se preparando para atender, em longo prazo, os desafios da saúde por meio da integração e tecnologias conectadas de saúde.
Realizado entre fevereiro e abril de 2016, o estudo contou com a participação de 2.659 profissionais da saúde e 25.355 pacientes adultos em 13 países diferentes, entre eles o Brasil e deverá ser atualizado anualmente.
No ranking composto pelos países, o Brasil recebeu uma pontuação global de 50,6 de um total de 100, tendo como destaque o crescente interesse, e confiança, dos entrevistados em soluções tecnológicas; necessidade de um esforço combinado com o objetivo de aumentar o acesso a serviços de assistência médica; e maior educação no que diz respeito aos benefícios da adoção de tecnologias conectadas para cuidados com a saúde.
De acordo com o vice-presidente sênior da Philips Healthcare para América Latina, Daniel Mazon, as tecnologias conectadas conduzirão as transformações na área da saúde. “Acreditamos fortemente no seu valor como ferramentas para a melhoria dos programas personalizados de saúde, a gestão da saúde pública, a aderência a terapias, a prevenção de doenças não comunicáveis, o acompanhamento de gestações, dentre tantos outros.”
O Future Health Index também destacou:
- Apesar do uso e conhecimentos limitados de tecnologias conectadas para cuidados com a saúde, a melhora na área de saúde, no Brasil, é algo de extrema importância.
- Poucos pacientes e profissionais de saúde acreditam que o sistema de saúde atende às necessidades dos pacientes, o que pode aumentar as preocupações com a saúde em geral. Pacientes e profissionais de saúde entendem que é preciso aumentar o acesso em todas as áreas da saúde para melhorar a saúde pública.
- Embora os pacientes e os profissionais da área da saúde não pensem na saúde do Brasil de forma integrada, ambos conseguem notar o valor que tal integração poderia trazer para o sistema de saúde.
Analisando as percepções, comportamentos e atitudes dos pacientes e profissionais de saúde ouvidos, o FHI está focado em três fatores considerados importantes e necessários para se desenvolver um sistema de saúde integrado de assistência médica: o acesso aos cuidados de saúde; a integração do atual sistema; e a adoção de dispositivos e sistemas de tecnologia de saúde que estejam conectados.
Ao passo em que os dados ilustram a crescente oportunidade para a tecnologia digital conduzindo a transformação da saúde, o levantamento também revela níveis de prontidão em todos os mercados pesquisados, além de também revelar oportunidades de melhoria para incentivar uma adoção de práticas de cuidado com a saúde de forma mais ampla e a nível mundial.
Cerca de 76% dos profissionais ouvidos e que estão em mercados desenvolvidos concordam que seus pacientes têm acesso aos tratamentos necessários para condições médicas atuais e futuras. Nos mercados emergentes, essa relação cai para pouco mais da metade atingindo os 58%.
No Brasil, essa estatística ficou abaixo de 25%. Em geral, mercados emergentes como a África do Sul e os Emirados Árabes Unidos parecem estar liderando o caminho na adoção de dispositivos conectados, sendo que os players em economias emergentes esperam que dispositivos conectados possam ser utilizados para gerir a saúde no futuro.
Atribuindo a cada país pesquisado uma pontuação média que poderia chegar a 100, o relatório FHI mostra a percepção de cada mercado sobre os benefícios da integração entre os sistemas de saúde e o interesse pela adoção dessas tecnologias. Os Emirados Árabes Unidos alcançaram a pontuação mais alta (65,3 pontos) entre os países participantes, sendo que a Holanda e a China também ficaram bem colocados, com pontuações de 58,9 e 58,1. Por outro lado, Alemanha, Brasil e Japão receberam as pontuações mais baixas, com 54,5, 50,6 e 49,0, respectivamente.
“O FHI revelou uma série de áreas significativas nas quais os sistemas de saúde devem investir caso queiram obter sucesso a longo prazo na prestação de serviços de assistência médica”, afirma o CEO da Royal Philips, Frans van Houten,
No entanto, segundo o CEO, é encorajador ver que muitos países apresentam uma disposição relativamente forte para adotar tecnologias digitais conectadas, o que acabará por conduzir essas transformações. O FHI fornece informações valiosas para os pacientes, profissionais de saúde e legisladores – nos mercados desenvolvidos e emergentes – sobre onde a atenção precisa estar focada no aumento dos níveis de acesso, integração e adoção de tecnologias da saúde para melhorar os resultados e a experiência do paciente também a longo prazo, respectivamente”, conclui Houten.