“Não é mais possível atender com qualidade, sem investir em digitalização”, afirma a CEO da BP, Denise Soares dos ao anunciar que a instituição aportou R$ 30 milhões para a implementação do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que deve ser integrado ao plano estratégico da BP. O sistema adotado pela instituição é o Tasy, desenvolvido pela multinacional holandesa Philips.
O processo de implementação do PEP na BP foi iniciado em 2013 e, entre as metas estabelecidas, estavam a melhoria de processos, ampliação da segurança do paciente e aumento na produtividade das equipes médicas. No entanto, o projeto ganhou maior destaque e importância após a direção do hospital colocar o sistema no centro de suas ações para a valorização da vida. “Para engajar a equipe, é fundamental dar um sentido ao uso da tecnologia”, acrescenta Denise.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, asuperintendente de Tecnologia da Informação da BP, Lilian Quintal Hoffmann, destaca o acesso aos dados do paciente junto ao leito. “Instalamos notebooks em carrinhos, permitindo a anotação de qualquer intervenção médica ou da enfermagem”. As salas de consulta, enfermaria e laboratórios também contam com equipamentos para uso do prontuário eletrônico.
Na mesma entrevista, as executivas citam que ao consultar o paciente, no leito ou consultório, o médico pode verificar, no PEP, exames, medicações, procedimentos e intervenções realizadas. Pode também resgatar o histórico de saúde e decidir sobre o melhor tratamento. “Com todas as informações, o profissional é mais assertivo no tratamento”, lembra a CEO.
O sistema adotado pela entidade é capaz de alertar sobre interações medicamentosas ampliando a segurança do paciente e auxiliando o médico, que muitas vezes desconhece possíveis alergias ou contraindicações ao paciente.
Segundo as executivas da BP, o processo de digitalização não possui limites e logo os hospitais estarão prontos para captar dados gerados por meio de dispositivos, sejam eles equipamentos médicos ou wearable devices, gerando alertas imediatos sobre a saúde do paciente. Além disso, a gestão e integração dessas informações auxiliará na formação de um banco de dados único para o sistema de saúde, permitindo a medicina colaborativa, desde que exista uma padronização para registro dos dados. “Se todos falarem a mesma língua será possível criar repositórios para estudar doenças e sermos mais efetivos em ações de prevenção e promoção da saúde”, completa Denise.
Fonte: Valor Econômico
Atualizado em 27/7, às 10h33