Sistemas de informação, aplicativos e medical devices vem se tornando importantes aliados para a segurança do paciente. Estudos divulgados nos EUA, apontam um perturbador índice de mortalidade dentro dos hospitais que podem chegar à 200 mil óbitos ao ano devido a erros de interação medicamentosa, diagnóstico ou eventos adversos como quedas. Globalmente, essa estimativa de mortes em instituições de saúde pode chegar a 3 milhões ao ano.
“Quando falamos sobre eventos adversos, falamos sobre acontecimentos muito graves. Esses eventos matam mais do que acidentes aéreos no mundo, ou seja, é mais seguro voar toque ser internado em um hospital”, acrescenta o CEO da Lauris Consultoria, Donizeti louro.
De acordo com o executivo, o uso de tecnologia é fundamental para evitar erros de interação medicamentosa e outros eventos adversos, por exemplo. “A missão da terceira onda da tecnologia em saúde é tornar os hospitais mais seguros, centrando o processo assistencial no paciente.”
Durante sua apresentação no Connected Hospital, promovido pela South America Health Exhibition (SAHE), no dia 15 de março, em são paulo, o executivo apontou oito dimensões do cuidado centrado no paciente. A primeira delas é o respeito pelos valores, preferencias e necessidades do paciente, seguido pela coordenação e integração dos cuidados, informação e educação, conforto fisico, apoio emocional e alivio do medo e da ansiedade, envolvimento da família e dos amigos para um melhor engajamento no tratamento e por fim, continuidade e transição.
“Quando falamos em paciente centrado, tecnicamente todos os recursos de saúde deveriam ir juntos de encontro ao paciente, integração de equipes multidisciplinares, informações etc. O que ainda não ocorre”, completa Louro.
Uma das tecnologias que podem levar esse cuidado integral ao paciente, segundo o especialista, seria o conceito de mobile first, onde médicos, enfermeiros e pacientes tem acesso à informações consistentes e integradas sobre histórico, tratamento etc.
Saúde 4.0
Hoje, mesmo que as instituições tenham uma série de equipamentos capazes de conversar entre si, não existe uma base capaz de mostrar uma completa visão do que está ocorrendo. Para sanar esse problema, desenvolvedores vem trabalhando na criação de uma central multiparamétrica, com o objetivo de centralizar essas informações, priorizando dados relevantes e envolvendo todos no processo assistencial. O foco na segurança do paciente vai promover uma transformação profunda nos equipamentos médicos e também na formação e gestão das pessoas envolvidas.