Recentemente o Hospital São Francisco passou a contar com um serviço próprio de hemodiálise. O centro funciona em uma das alas da instituição para acolher 48 pacientes renais crônicos. Os atendimentos ocorrem de segunda a sábado, das 6h às 20h.
De acordo com o coordenador da equipe médica, Rafael Salomão Prado, a unidade foi reestruturada de acordo com as normas da Vigilância Sanitária e conta com equipamentos de última geração como a nova unidade de tratamento de água, que abastece a unidade de hemodiálise, e as novas máquinas dialisadoras. O serviço ainda conta com unidades portáteis de osmose reversa, para realizar hemodiálise em pacientes em outras unidades do hospital, como na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade Coronariana (UCO).
A equipe profissional conta com médicos nefrologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de oferecer uma estrutura de atendimento multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistente social. O Hospital São Francisco possui completa estrutura para atendimento de todas as modalidades de diálises: hemodiálise; diálise peritonial nos métodos CAPD e DPA.
“Os investimentos em tecnologia, feitos pelo Hospital, somados a essa equipe multiprofissional qualificada, têm como finalidade, oferecer um atendimento de excelência aos nossos pacientes, focados na segurança e humanização.” conclui Prado.
Qualidade de vida
No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas possuem doença renal crônica (DRC) de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia. Ela é caracterizada pela perda das funções dos rins de forma crônica e irreversível. A principais causas de DRC no Brasil são hipertensão arterial e diabetes. A doença é classificada em fases, sendo a fase V a mais avançada e quando é necessário a terapia renal substitutiva. Com isso, os pacientes apresentam significativas alterações no seu cotidiano e vivenciam inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais, que interferem na sua qualidade de vida.
A doença renal crônica é, na maioria dos casos, oligo ou assintomática, ou seja, o paciente que com a doença muitas vezes não apresenta sintomas, especialmente nas fases inicias. Como consequência, muitos pacientes só descobrem a doença em sua fase final quando a terapia substitutiva é a única opção.
Segundo Prado, a prevenção é o melhor caminho para evitar esses acontecimentos. “Esta é uma das doenças que mais crescem no país, até 10% ao ano em algumas regiões. Pacientes diabéticos, hipertensos, ou com algum fator de risco para DRC devem realizar exames periódicos de rotina e, em caso de alterações, serem encaminhados precocemente ao nefrologista”, ressalta.