A Samsung Electronics revelou, em evento ocorrido na semana passada, em São Francisco, o protótipo de uma pulseira que irá monitorar a saúde da pessoa através do serviço na nuvem. O aparelho, chamado Simband, pode medir indicadores de saúde, como ritmo cardíaco e pressão sanguínea. Isso tornará possível que os clientes compartilhem suas estatísticas com desenvolvedores de novos aplicativos móveis de atividades físicas.
De acordo com informações da empresa, que tem sede em Suwon, na Coréia do Sul, a plataforma de dados baseada na internet foi projetada para estimular o bem-estar dos consumidores e criar uma fonte de informações para pesquisadores da área de saúde digital.
Segundo Young Sohn, presidente e diretor de estratégias da área de dispositivos da Samsung, este é o início do caminho da empresa, o começo da nova plataforma. Para ele, é necessária uma comunidade de desenvolvedores e players de tecnologia inovadora que trabalhem com a Samsung.
Líder no mercado de smartphones, agora a Samsung quer ampliar sua tecnologia para aparelhos de vestir e corre para garantir sua participação em outras áreas novas da tecnologia, como a saúde digital. Só em 2013, as vendas mundiais de relógios inteligentes, óculos e produtos médicos equivalem a quase US$ 10 bilhões. E, de acordo com a empresa de pesquisas IHS, isso tudo indica que esse número deve triplicar até 2018.
A plataforma de hardware da pulseira será aberta para que outros desenvolvedores possam criar seus próprios produtos, assim como a fabricante de chips Intel e a fabricante de software Microsoft, que ofereceram componentes para outras empresas, como a Hewlett-Packard e a Dell, na indústria dos computadores pessoais. A Samsung informou também que pretende criar um fundo de US$ 50 milhões para financiar os desenvolvimentos para o aparelho realizados por terceiros.
Em relação ao software, o Samsung Architecture for Multimodal Interactions, serviço de dados na nuvem, será um repositório para as informações que os consumidores escolherem compartilhar com os desenvolvedores de aplicativos móveis, que poderiam oferecer um software que recomende regimes de exercícios ou dietas, entre outras atividades.
Os pesquisadores estão entusiasmados com a riqueza desses dados que os aparelhos podem coletar a partir de grandes grupos de usuários, embora essas iniciativas tenham tido dificuldades pela falta de desenvolvimento comum e pelas preocupações sobre a segurança e o compartilhamento de informações pessoais.
A pulseira Galaxy Gear Fit e o relógio inteligente Galaxy Gear, ambos da Samsung, permitem que os usuários possam criar rotinas de exercícios e monitorem indicadores de saúde apenas como acessórios para os smartphones e tablets da empresa. O protótipo de pulseira seria o primeiro aparelho “de vestir” de saúde a ter uma bateria de encaixar que possibilita o uso contínuo.
A Samsung ainda não revelou muitas informações sobre o preço da Simband, seu prazo de disponibilidade para os fabricantes, e a data de lançamento do serviço na nuvem. Sabe-se também que o protótipo possui um processador dual core da ARM Holdings Plc, Wi-Fi e Bluetooth para estabelecer conexões e compartilhar dados com outros aparelhos.
A Samsung disse que vai abrir um programa de teste e oferecer kits des desenvolvimentos de softwares a desenvolvedores externos até o fim de 2014. As ações da empresa subiram 1,9% para 1.460.000 wons em Seul e ganharam 6,4% neste ano, frente ao índice Kospi de referência, que se manteve inalterado.